sábado, 24 de maio de 2014

fragmentos

"Fragmentos de instantes'', um após o outro
Em minha mente, a girar, sem parar.
O gim tragado deixa a dor mais distante
E a imagem dela me vem à tona
De novo, de novo...

Neste espaço cedido pelo tempo da burocracia me encontro preso.
Mas em breve eles virão...
Virão destruir de vez as lembranças minhas,
A infância minha.
O que, segundo eles, nunca foi meu.

Eles não me deram estudo, educação
Mas alcanço a sabedoria aos poucos
Enquanto me matam aos poucos.

Ah! Hoje quero sair, ir embora
Mas pra onde, se não tenho nada?
Apenas uma garrafa de gim e a roupa do corpo.
Levo o que será meu livro, minha história.

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