terça-feira, 29 de abril de 2014

À Amiga Poeta

Cadê você, poeta?
(Chamo a poeta amiga, alheia)
Preciso conversar, poeta.

Procuro o poeta em ti
Pois não o encontro em mim,
mas sei que ele está aqui
E nunca se ausentará de si.

Talvez eu o encontre, sim,
mas não o reconheça logo
Ou eu nem saiba quem é,
tampouco o que (quem) ele é.

Hoje não a vejo, poeta,
Preciso conversar.
Conversar sobre o tempo,
o tempo do poeta,
da arte.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Desfecho

Precisa de um desfecho?
Aprendi na escola que estes,
Os textos,
Têm inicio, meio e fim.


Precisa dar um desfecho
Que não fecha para ninguém
Tampouco para mim.


De onde tirei isso?


Este não será jogado fora.
Este texto guardarei
Vislumbrado apenas pela poesia.


Vislumbrado apenas na poesia,
pois tudo vivo nela, isso me vislumbra.

Vislumbrado apenas na poesia.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Imagine

É quando o tempo se esconde
E a lua se escora na noite
Que sinto o aperto
por querer o sol 24 horas
e não tê-lo.

Quando finalmente vejo,
entre um gole e outro livro,
que o sol já se foi
percebo meu cansaço
e minha covardia.

Ele voltará, amigo,
calma. É um ciclo natural.
Você e suas manias
de querer o impossível,
o tolo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Palco, Folha, Vida

Vou pensar minha vida como um palco
ou como um papel.
É aqui, na vida,
- no palco, no papel… que seja -
que irei mostrar o melhor de mim
e isso é natural. Sem ensaios
antes de sorrir, de aprender,
de agradecer, de ouvir,
de ensinar e  de amar.


É neste palco em que estamos
juntos de nossos semelhantes
carentes de sorrisos,
abraços e carentes de ajuda
para encontrar aquela essência perdida.


Minha vida é um palco
e eu inda quero subir em outros palcos,
entendidos como palanques,
Assim serei visto por mais gente, talvez.
Quem sabe posso até
sanar essa necessidade de ser lido,
ser visto e até sentido.
Lá também irei dividir
sorrisos, ideias, aprendizados e
sentimentos.

Ferramenta ensaiada
e a busca inconstante
pela essência pura.